29/Out/2020
Os futuros de soja fecharam em baixa nesta quarta-feira (28/10) na Bolsa de Chicago, com um movimento de liquidação de posições compradas. Fundos de investimento estão buscando diminuir sua exposição ao risco antes da eleição presidencial nos Estados Unidos, na semana que vem. Na última eleição presidencial, em 2016, o complexo de grãos caiu 2,8% entre 27 de outubro e 3 de novembro. Nesta quarta-feira (28/10), o vencimento janeiro da oleaginosa recuou 21,75 cents (2,02%) e fechou a US$ 10,54 por bushel.
Com os fundos detendo uma posição comprada quase recorde, não seria surpresa uma redução dessas posições antes da eleição. O resultado da eleição pode demorar vários dias para sair e pode ser contestado, não importa qual lado vença. O fortalecimento do dólar ante o Real e a queda do petróleo também pesaram sobre as cotações. A alta da moeda norte-americana tende a estimular as vendas externas brasileiras, enquanto o recuo do petróleo faz com que refinarias nos Estados Unidos tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel.
O óleo de soja, que caiu 2,02%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram vendas de 230 mil toneladas de soja, sendo 110 mil toneladas para o Egito e 120 mil toneladas para destinos não revelados. A última venda de 100 mil toneladas ou mais para a China, no entanto, ocorreu em 15 de outubro. Processadoras chinesas podem estar aguardando a eleição nos Estados Unidos antes de retomar as compras. A China ainda precisa cobrir suas necessidades de soja para janeiro e deve recorrer ao grão dos Estados Unidos para isso.