28/Out/2020

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta terça-feira (27/10). Traders embolsaram lucros após o mercado ter subido nos seis pregões anteriores e acumulado valorização de 3,2% no período. O vencimento janeiro recuou 7,00 cents (0,65%) e fechou a US$ 10,76 por bushel. A expectativa de chuvas nas próximas duas semanas em Mato Grosso, principal Estado produtor de soja do Brasil, também pesou sobre as cotações.

De acordo com boletim semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), os volumes esperados para as regiões produtoras, entre 60 mm e 90 mm, se confirmados, serão maiores do que os verificados há um ano. A região oeste, onde o plantio está mais avançado, alcança 38,7% da área projetada, deve receber cerca de 70 mm, o que pode melhorar o nível de umidade no solo. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 83% da safra de soja do país tinha sido colhida até o dia 25 de outubro, um avanço de 8% ante a semana anterior. O número é superior à média de cinco anos, de 73%.

Com os trabalhos já bastante avançados, o mercado deve voltar suas atenções para o que será feito com a soja que acabou de ser colhida. Traders continuam otimistas em relação ao interesse chinês pelo grão norte-americano, o que limitou as perdas. A última venda avulsa de 100 mil toneladas ou mais para a China, no entanto, ocorreu em 15 de outubro. Há rumores de que processadoras estatais chinesas poderiam estar esperando a eleição presidencial nos Estados Unidos antes de retomar as compras. Processadoras privadas, se enxergarem margens positivas de esmagamento, não vão esperar.