26/Out/2020

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago reverteram perdas e fecharam em alta na sexta-feira (23/10). Traders continuaram adicionando posições compradas apesar de o mercado ter alcançado durante a sessão anterior o maior nível em mais de quatro anos. O vencimento janeiro da oleaginosa subiu 8,75 cents (0,82%) e fechou a US$ 10,81 por bushel, mas ainda respeitou a máxima intraday de quinta-feira (22/10), de US$ 10,83 por bushel. Os ganhos vêm sendo sustentados pela forte demanda externa pelo grão produzido nos Estados Unidos.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 2,225 milhões de toneladas de soja da safra 2020/2021, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada no dia 15 de outubro. A China comprou 1,222 milhão de toneladas do total. As vendas totais vieram mais próximas do teto das estimativas de analistas, de 2,5 milhões de toneladas. Os Estados Unidos já tinham vendido até a metade de outubro 45 milhões de toneladas de soja para o exterior, o que representa cerca de 75% de todo o volume de exportação projetado pelo USDA para a temporada 2020/2021.

É apenas a segunda vez que o percentual é tão alto para esta época do ano. A China é responsável por 55% do volume vendido até agora. Alguns desses pedidos ainda podem ser cancelados, mas o volume de soja inspecionado para exportação em portos norte-americanos é recorde para esta época do ano. Desde o início do ano comercial, em 1º de setembro, até 15 de outubro, 11,5 milhões de toneladas de soja tinham sido inspecionadas, ante 6,5 milhões de toneladas em igual período do ciclo anterior.