19/Out/2020

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa na sexta-feira (16/10). O mercado passou por uma correção após ter subido nas três sessões anteriores e acumulado valorização de 2,75% no período. Traders também liquidaram posições compradas com a perspectiva de clima mais úmido em áreas centrais do Brasil nos próximos dez dias. O vencimento novembro da oleaginosa caiu 12,25 cents (1,15%) e fechou a US$ 10,50 por bushel. Segundo a meteorologia, a previsão é de chuvas em Mato Grosso, o que deve permitir o avanço do plantio.

Apesar disso, a expectativa é de que a safra chegue com atraso ao mercado mundial. A chuva no Brasil tem ajudado, mas algum atraso na soja e, consequentemente, no milho já é possível. O tamanho das apostas de fundos e especuladores na alta das cotações também pode ter desencadeado o movimento de redução de posições compradas. Esses agentes podem ter iniciado a sexta-feira (16/10) com um saldo comprado recorde. O movimento especulativo ganhou força muito rapidamente nas últimas semanas e atingiu níveis elevados, o que está limitando o potencial de alta dos preços.

Dados de vendas externas dos Estados Unidos vieram acima do teto das estimativas do mercado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 2,631 milhões de toneladas de soja da safra 2020/2021, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 8 de outubro. O volume é 74% menor do que o comercializado na semana anterior, mas 18% maior do que a média das quatro semanas anteriores. A China comprou 1,592 milhão de toneladas do volume total. Exportadores relataram vendas de 344.150 toneladas de soja para destinos não revelados.