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16/Out/2020

Futuros em alta com vendas dos EUA para a China

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (15/10). Os ganhos foram sustentados por nova compra chinesa do grão produzido nos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram venda de 261 mil toneladas de soja para a China. Este foi o segundo dia seguido com anúncio de venda avulsa de mais de 100 mil toneladas de soja para o país asiático. Nos dois dias, as vendas totalizaram 525 mil toneladas. O vencimento novembro ganhou 6,00 cents (0,57%) e fechou a US$ 10,62 por bushel. O desempenho do farelo de soja, que subiu mais de 2%, também deu suporte às cotações.

A Federação de Trabalhadores do Complexo Industrial de Oleaginosas, Beneficiadores de Algodão e Afins da República Argentina (FTCIODyARA) informou que foi suspensa a paralisação do setor após conciliação obrigatória decretada pelo governo. No entanto, a greve, iniciada na terça-feira (13/10), afetou a atividade nas plantas processadoras de soja do país. A Argentina é o maior exportador mundial de farelo. A alta foi limitada pelo recuo do óleo de soja. O derivado, por sua vez, foi influenciado pelo enfraquecimento do petróleo e do óleo de palma. A expectativa de chuvas em áreas centrais do Brasil também impediu uma alta mais acentuada dos preços. A meteorologia indica clima mais úmido em Mato Grosso nos próximos dez dias, o que deve favorecer o avanço do plantio de soja.

Até a semana passada, os trabalhos no Estado estavam em 3% da área prevista. A semeadura continua bem atrasada ante igual período do ano passado (18,8%) e a média de cinco anos (16,6%). A escalada das tensões entre Estados Unidos e China foi outro fator que limitou os ganhos. O presidente chinês, Xi Jinping, pediu às tropas do país para colocar toda sua energia na preparação para a guerra, durante visita a uma base militar em Guangdong, segundo relatos da mídia estatal chinesa. China e Estados Unidos estão em terreno político instável por causa das divergências sobre a pandemia e da pressão dos Estados Unidos para vender sistemas de mísseis de alta tecnologia para Taiwan.