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07/Out/2020

Atraso no plantio brasileiro pode favorecer os EUA

O atraso no plantio das lavouras de soja no Brasil pode beneficiar a oleaginosa dos Estados Unidos, mantendo altas as vendas do grão norte-americano para a China. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aponta que 38% das lavouras de soja já haviam sido colhidas até o dia 4 de outubro, representando um expressivo avanço ante a semana anterior. Após a divulgação do relatório do USDA, o preço da soja subiu levemente, embora seja mais provável que isso tenha ocorrido por causa do atraso no plantio da soja no Brasil, em virtude do clima seco.

Se menos soja do Brasil chegasse ao mercado em janeiro, isso prolongaria a demanda da China por soja dos Estados Unidos, até que a safra no Brasil aumentasse significativamente em fevereiro. A semeadura no Brasil começou a pouco, com apenas 1,6% dos campos plantados até o dia 1º de outubro, ante uma média de 4,5% nos últimos cinco anos. Ao mesmo tempo, há dúvidas crescentes sobre a capacidade de o Brasil de colher uma safra igualmente grande em janeiro de 2021, como fez este ano.

O volume poderia ser inferior em um terço do alcançado em janeiro passado. Na época, foram colhidas 9 milhões de toneladas no principal Estado produtor (Mato Grosso), o que representa 25% de toda a safra do Estado. É possível uma alteração do quadro geral do mercado de soja visualizado no momento. Resta ver como esses números de bom andamento da colheita da safra de soja norte-americana serão traduzidos nas próximas estimativas do USDA. Existem riscos de queda. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.