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05/Out/2020

Futuros de soja em baixa com a aversão ao risco

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa na sexta-feira (02/10). Os negócios foram influenciados pelo sentimento de aversão a risco nos mercados internacionais, após o teste positivo para Covid-19 do presidente norte-americano, Donald Trump. Numa situação como essa, as commodities em que fundos de investimento têm a maior posição comprada ficam mais vulneráveis, no caso da Bolsa de Chicago, a soja e o óleo de soja. O vencimento novembro do grão recuou 2,75 cents (0,27%) e fechou a US$ 10,20 por bushel.

O óleo de soja caiu 2,34%, pressionado também pelo recuo do petróleo, que faz com que refinarias nos Estados Unidos tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo vegetal é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. As perdas foram limitadas pela retomada das compras chinesas do grão produzido nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram vendas de 516 mil toneladas de soja, sendo 264 mil toneladas para a China e 252 mil toneladas para destinos não revelados. Nos seis dias úteis anteriores, não foram anunciadas vendas avulsas para o país asiático.

O anúncio de sexta-feira (02/10) surpreendeu o mercado, já que na quinta-feira (1º/10) teve início na China um feriado de uma semana em comemoração ao dia nacional do país. O clima quente e seco em áreas de cultivo do Brasil também impediu uma queda mais acentuada dos preços. As preocupações vão aumentar se o plantio for adiado para o fim de outubro ou mais tarde. O atraso da semeadura já está ameaçando adiar o início da temporada de exportações do Brasil, o que ampliaria a temporada de exportações de soja dos Estados Unidos.