24/Set/2020
O plantio da safra 2020/2021 no maior produtor de soja do Brasil, Mato Grosso, ainda é lento em consequência da escassez de umidade. No Estado, o vazio sanitário terminou no dia 15, mas as áreas plantadas até o momento são em geral de produtores com acesso à irrigação. A maioria ainda aguarda mais chuvas previstas para esta semana para iniciar a semeadura. O plantio costuma começar pelas regiões médio-norte, oeste e sul, com áreas ao leste de Mato Grosso sendo semeadas mais adiante. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), poucas áreas foram plantadas até agora em virtude de as chuvas ainda não terem se regularizado. Os produtores com áreas irrigadas já tinham começado de forma ainda bastante lenta o plantio no Estado, principalmente na região mais ao norte. Aí no último fim de semana em quase todas as regiões ocorreram algumas pancadas de chuva, e alguns produtores iniciaram o plantio em outras áreas.
A semeadura deve continuar evoluindo de forma gradual até a primeira quinzena de outubro, quando tende a se acelerar se as condições climáticas permitirem. Segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT), os produtores estão a postos, mas a semeadura ainda não deslanchou por causa do período prolongado de falta de umidade. Há poucos relatos de plantio porque não teve chuva suficiente para iniciar os trabalhos de campo. A seca já dura praticamente cinco meses. Há relatos de plantio em áreas irrigadas. No decorrer desta semana, com as chuvas vindo com uma intensidade um pouco maior, os produtores devem começar a se alinhar para plantar. Precipitações registradas no último fim de semana em Mato Grosso ainda não permitem grandes avanços. É preciso estabelecer novamente os níveis hídricos do solo para ter uma segurança, afinal de contas semente é cara, tratamento de semente também, então produtor tem de se cercar de garantias.
Para o fim desta semana, a expectativa é de que as chuvas comecem a ganhar força em Mato Grosso. As previsões são de um volume para o fim da semana que atinja o Estado como um todo. Até o momento, o setor produtivo local tem adotado uma postura mais cautelosa. A maior parte dos produtores está aguardando a recomposição da umidade para começar a semear. Por enquanto, não há grande preocupação sobre atraso na janela para plantio de algodão e milho de 2ª safra. Os produtores de Mato Grosso têm estrutura de maquinário para garantir agilidade no momento que as condições ficarem benéficas. Se as chuvas se equalizarem, propiciando um banco de umidade no solo e dias favoráveis para a semeadura, facilmente se corrige isso. Se o produtor conseguir semear até 15 de outubro ou até mais para frente, com sementes de ciclos mais curtos deve ter colheita de soja em meados de janeiro, então tem uma janela para 2ª safra em que consegue trabalhar. Mas, é preciso ver o que vai acontecer nas próximas semanas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.