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23/Set/2020

PR enfrenta falta de umidade para plantio da soja

Primeiro entre os grandes Estados produtores a ter o plantio de soja liberado a partir de setembro, o Paraná ainda registra poucas áreas semeadas com a safra 2020/2021 em consequência da falta de umidade. O vazio sanitário no Estado, período em que não se pode manter plantas de soja no campo como prevenção à doença da ferrugem asiática, terminou no dia 10 de setembro, cinco dias antes de Mato Grosso, mas poucos produtores até agora se arriscaram a jogar sementes no solo seco, a maioria aguarda um volume de chuva maior para iniciar os trabalhos de campo. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), o plantio de soja no Estado está liberado desde o dia 11 de setembro, mas por enquanto é pontual. Choveu de 10 a 12 milímetros na região de Cascavel, de 4 a 5 mm no entorno de Toledo e volumes menores no norte e sudoeste do Estado na última semana, o que pode ter estimulado algum movimento de plantio.

Mas, a maioria dos produtores aguarda por mais precipitações para semear a oleaginosa. De forma geral, a tendência é de um plantio em ritmo mais lento por ora. Como o tempo vinha muito seco, vai precisar de um pouco mais de chuva. A expectativa para o último fim de semana era de acumulados maiores, mas os volumes previstos foram minguando com o passar dos dias. Agora, os produtores aguardam chuvas para os dias 24 e 25 de setembro, mas têm evitado plantar "no pó". O produtor não está querendo arriscar plantar antes para ver se vai chover. Vai esperar uma previsão climática mais consistente. Segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Paraná (Aprosoja-PR), a seca no Estado tem atrapalhado os produtores, especialmente do oeste e noroeste, regiões onde o plantio costuma ocorrer logo após o fim do vazio e onde já há algum atraso em relação ao planejamento inicial.

A preocupação é como ficará a janela para plantio do milho 2ª safra de 2021 na sequência da soja. Não se pode atrasar muito o plantio da soja, se não fica exposto, no caso do milho, principalmente ao risco de geadas. Alguns produtores arriscaram plantar na região de Juranda e Goioerê, à espera de chuvas no domingo (27/09), mas muitos preferem aguardar mais umidade. A previsão por enquanto indica volumes maiores para 6 de outubro. Apesar da mudança ante o cronograma esperado, os produtores estão na expectativa de bons resultados neste ano. No ano passado, a produção foi recorde no Estado, passando de 20 milhões de toneladas. Como produtor teve rendimentos melhores na soja, neste ano está investindo mais em fertilizantes e correção de solo. Mesmo com o atraso, a perspectiva é de uma boa safra. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.