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23/Set/2020

Futuros recuam com avanço do dólar ante o Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta terça-feira (22/09). O mercado foi pressionado pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O vencimento novembro da oleaginosa recuou 2,75 cents (0,27%) e fechou a US$ 10,19 por bushel. A contínua demanda chinesa pelo grão norte-americano, porém, limitou as perdas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram vendas de 530 mil toneladas de soja, sendo 266 mil para a China e 264 mil para destinos não revelados.

Este foi o 13º dia útil seguido com anúncio de venda de mais de 100 mil toneladas para o país asiático. No período, o volume de soja vendido para a China totalizou 3,191 milhões de toneladas. Na segunda-feira (21/09), o mercado recuou 2%, com um movimento de realização de lucros após os preços terem alcançado o maior nível em mais de dois anos. A perspectiva para a soja é de alta, com a melhora da demanda da China e a necessidade de adicionar algum prêmio de risco antes da temporada de cultivo na América do Sul, mas o mercado estava superaquecido e precisava de uma correção. Chama a atenção o número de contratos abertos na Bolsa de Chicago que atingiu 974.373 na segunda-feira (21/09) e ficou pouco abaixo do recorde estabelecido em abril de 2017.

Preços subindo com aumento dos contratos abertos é um dos sinais que buscamos num mercado em alta. Isso não diz até onde os preços vão subir, mas sugere que há algum impulso por trás do movimento. Dados publicados na segunda-feira (21/09) mostraram que a colheita nos Estados Unidos começou e está em linha com a média dos últimos cinco anos. Segundo o USDA, os produtores tinham colhido 6% da safra até o dia 20 de setembro. A previsão para os próximos dias é de clima seco no Meio Oeste do país, o que deve favorecer os trabalhos. Enquanto isso, a falta de umidade vem atrasando o início do plantio no Brasil, em estados como Paraná e Mato Grosso.