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16/Set/2020

Futuros sofrem baixa com movimento de correção

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta terça-feira (15/09). O mercado passou por uma correção após ter subido em 14 das 15 sessões anteriores e acumulado valorização de 10,5% no período. Nada mudou em termos de fundamentos, com a qualidade das lavouras piorando desde o começo de agosto e a China ainda comprando grãos dos Estados Unidos. A pausa era necessária após semanas de ganhos.

O vencimento novembro da oleaginosa recuou 8,00 cents (0,80%) e fechou a US$ 9,91 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 63% da safra de soja apresentava condição boa ou excelente até o dia 13 de setembro, uma piora de 2% ante a semana anterior. Apesar da piora, o mercado está começando a voltar suas atenções para a maturação e a colheita da safra.

De acordo com o USDA, 37% da safra tinha queda de folhas, em comparação a 31% na média de cinco anos. Os preços caíram apesar da contínua demanda chinesa pelo grão produzido nos Estados Unidos. O USDA informou que exportadores relataram vendas de 264 mil toneladas de soja, sendo 132 mil toneladas para a China e 132 mil toneladas para destinos não revelados. Este foi o oitavo dia útil seguido com anúncio de venda de mais de 100 mil toneladas de soja. No período, o volume vendido para a China totalizou 2,07 milhões de toneladas.

Enquanto essas vendas avulsas não forem interrompidas, os preços da soja não devem cair de forma significativa. Já a demanda interna nos EUA se enfraqueceu no mês passado. A Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa) informou que a indústria norte-americana de soja processou 4,49 milhões de toneladas em agosto. O volume, o menor em nove meses, representa queda de 4,46% ante os 4,70 milhões de toneladas do mês anterior e de 1,78% em comparação aos 4,58 milhões de toneladas de igual período do ano passado.