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10/Set/2020

Tendência é de preços firmes para a soja no Brasil

Segundo o Itaú BBA, os preços da soja no Brasil devem continuar em patamares elevados nos próximos meses, em virtude da baixa disponibilidade do grão e das boas margens de lucro de esmagadoras. Em Mato Grosso, na região de Sorriso, a oleaginosa acumulou valorização de 14% em agosto, sustentada por exportações aquecidas no ano e demanda doméstica firme. Mas, caso o dólar perca força ante o Real, as cotações podem recuar.

No cenário internacional, as cotações dos futuros na Bolsa de Chicago não devem subir de forma significativa neste mês, pois altas recentes já precificaram possíveis perdas de produtividade nas lavouras dos Estados Unidos. Em agosto, o contrato de 1º vencimento (setembro) encerrou o dia 4 de setembro com valorização de 8% no período. O avanço foi sustentado por temores sobre os efeitos do clima mais quente e seco no Meio Oeste norte-americano no mês passado e pelos impactos da tempestade de vento que também atingiu o cinturão de grãos.

As exportações do país contratadas para o ano safra 2020/2021 foram outro fator altista. Aumentos mais significativos tendem a ocorrer apenas caso ocorra um clima mais desafiador ao longo de setembro, o que poderia impactar ainda mais as lavouras norte-americanas. Em contrapartida, caso as revisões de estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não apontem para queda relevante da produção norte-americana, poderá haver até um recuo das cotações, considerando ainda a expectativa de aumento de área no Brasil e de produtividade na Argentina.

É preciso manter a atenção no elevado saldo comprado em soja dos fundos, em razão da liquidez do mercado, perspectiva de aceleração da economia e queda do dólar. Caso ocorra uma piora do cenário econômico, esses fundos podem reverter suas posições (vender contratos), o que tende a influenciar negativamente as cotações da soja na Bolsa de Chicago. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.