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09/Set/2020

Alimentos: MAPA diz que não intervirá nos preços

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o governo não fará nenhum tipo de intervenção nos preços dos principais alimentos da cesta básica brasileira, que têm apresentado forte inflação nas últimas semanas, como o arroz, feijão, leite, a carne e óleo de soja. Há registros de crescimento de mais de 100% nas gôndolas de supermercados. Tereza Cristina disse que não há nenhum risco de desabastecimento desses produtos para o consumidor brasileiro, e que o governo monitora em tempo real a situação do mercado. Segundo ele, o País vive uma situação de transição, que é pontual. O governo não vai fazer nenhuma intervenção em preços de mercado, e está fazendo é monitoramento constante. Na semana passada, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que representa 27 associações estaduais afiliadas, afirmou que vê essa conjuntura com muita preocupação, por se tratar de produtos da cesta básica da população brasileira.

O setor supermercadista tem sofrido forte pressão de aumento nos preços de forma generalizada repassados pelas indústrias e fornecedores. Itens como arroz, feijão, leite, carne e óleo de soja com aumentos significativos, declarou a associação, afirmando que isso se deve ao aumento das exportações destes produtos e sua matéria-prima e a diminuição das importações desses itens, motivadas pela mudança na taxa de câmbio, que provocou uma forte valorização do dólar frente ao Real. Somam-se a isso a política fiscal de incentivo às exportações e o crescimento da demanda interna impulsionada pelo auxílio emergencial. A associação declarou que o setor supermercadista tem se esforçado para manter os preços normalizados e vem garantindo o abastecimento regular desde o início da pandemia nas 90 mil lojas de todo o País.

Tereza Cristina afirmou que deverá haver uma nova acomodação de preços dos alimentos. A ministra comentou que o governo tem analisado a situação dos estoques de cada região que está atento às necessidades. Segundo a ministra, há um conjunto de fatores. Não se trata apenas de aumento de exportação. Houve aquecimento interno, por causa do auxílio emergencial. As pessoas passaram a comprar mais, porque houve uma mudança de hábito, mas haverá uma acomodação. Na avaliação do Ministério da Agricultura, os preços tendem a cair nos próximos meses. Assim como já aconteceu com o leite, que subiu e depois caiu, os preços tendem a se acomodar. A ministra lembrou que houve uma safra recorde neste ano e que, apesar do aumento das exportações, não há risco de faltar alimento neste ano e no próximo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.