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09/Set/2020

China reduz importações de soja grãos em agosto

As importações chinesas de produtos agrícolas em agosto tiveram uma retração na comparação com o mês de julho. Destaca-se a queda de quase 5% nas aquisições de soja pela China em relação ao mês anterior. Isso já era esperado, após as compras de grandes quantidades do produto nos meses anteriores e devido ao fato de a safra de soja brasileira estar gradualmente se encerrando. Ainda assim, na comparação anual, as importações de agosto foram 11% maiores. O aumento é atribuído às boas margens de esmagamento e ao crescimento do número de suínos na China, após a peste suína africana (PSA) ter dizimado o rebanho de suínos do país.

No acumulado dos primeiros oito meses do ano, a China adquiriu 64,7 milhões de toneladas de soja, 15% a mais do que no mesmo período do ano passado. As importações, especialmente da oleaginosa dos Estados Unidos, devem crescer no quarto trimestre. A China já fez pedidos substanciais nas últimas semanas, principalmente para cumprir suas obrigações no acordo da “Fase 1”. Na última semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores norte-americanos reportaram vendas de 440 mil toneladas de soja para a China com entrega prevista para o ano comercial 2020/2021, que se iniciou na última terça-feira (1º/09). Nesse sentido, o contrato futuro de soja com vencimento para novembro na Bolsa de Chicago, o mais líquido, encerrou a semana no patamar mais alto dos últimos dois anos, cotado a US$ 9,68 por bushel.

A alta foi acompanhada por um aumento de 50,7% das posições compradas na semana encerrada em 1º de setembro, de 104.276 lotes para 157.149 lotes, segundo números da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) divulgados na sexta-feira (04/09) após o fechamento do mercado. O saldo comprado da semana é o mais alto desde maio de 2018. Os participantes do mercado estão reagindo à forte demanda chinesa, mas também à evolução da safra norte-americana. Muitos observadores do mercado estão reduzindo suas expectativas de safra por causa das condições de seca. O USDA pode fazer o mesmo nesta semana no relatório mensal de oferta e demanda. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.