28/Ago/2020

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta expressiva nesta quinta-feira (27/08), refletindo a boa demanda externa pelo grão norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 1,924 milhão de toneladas de soja na semana encerrada em 20 de agosto. A China comprou 760.600 toneladas do volume total. Os ganhos também foram sustentados pelo desempenho do óleo de soja, que subiu 3%. O vencimento novembro da oleaginosa avançou 17,75 cents (1,92%) e fechou a US$ 9,42 por bushel.

A notícia de que o Brasil pode retirar temporariamente as tarifas de importação de milho, soja e arroz de países de fora do Mercosul também influenciou os negócios. A medida provavelmente teve algum impacto sobre os preços na Bolsa de Chicago. Mesmo que não resulte em aumento das exportações norte-americanas, isso evidencia como os preços da soja no Brasil estão altos. A previsão de clima seco em parte do Meio Oeste dos Estados Unidos também deu suporte às cotações. Segundo a meteorologia, a previsão é de apenas chuvas fracas no oeste da região até a próxima semana, e os danos causados pelo tempo seco nas lavouras estão ficando mais evidentes.

O clima deve direcionar o mercado de soja nas próximas semanas. A safra norte-americana ainda é uma safra boa. A produção está indo bem, apesar dos problemas climáticos recentes. O Conselho Internacional de Grãos (IGC) elevou, nesta quinta-feira (27/08), sua previsão para a produção global de soja na safra 2020/2021, de 365 milhões para 373 milhões de toneladas. A projeção de consumo passou de 364 milhões de toneladas para 368 milhões de toneladas, enquanto a de estoques finais aumentou de 48 milhões para 52 milhões de toneladas.