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27/Ago/2020

China segue importando volumes elevados dos EUA

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou uma nova venda de soja de 400 mil toneladas de para a China nesta quarta-feira (26/08). O volume é da safra 2020/2021 e eleva o total na semana a mais de 700 mil toneladas. Em agosto, o USDA anunciou um total de 4,3 milhões de toneladas de soja vendidas, sendo 3 milhões de toneladas para a China e 1,3 milhão de toneladas para destinos desconhecidos, refletindo a maior presença da nação asiática no mercado norte-americano dada sua necessidade crescente e das estimativas de que façam importações de soja dos EUA recorde neste ano de 2020. Os atuais baixos preços da oleaginosa norte-americana tem se mostrado como outro fator de estímulo às compras chinesas nos EUA, além da necessidade de alcançar os números definidos na fase um do acordo comercial. A presença mais forte da China no mercado dos EUA deu importante auxílio ao avanço das cotações da commodity na Bolsa de Chicago, que registra suas máximas em sete meses. A China deverá comprar 40 milhões de toneladas dos EUA.

O número, ao ser confirmado, poderia configurar um aumento de 25% nas compras em relação ao total de 2017, ano que serve como base para o acordo comercial e que antecede o início da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. O total seria ainda 10% maior do que o recorde de 2016. Mas o mais provável é que o volume importado fique ao redor das 35 milhões de toneladas. A safra recorde esperada para o Brasil na próxima temporada poderia migrar parte desta demanda. O Brasil já comercializou 45% da safra 2020/2021 e boa parte desse volume tem a China como o principal destino. Da safra 2019/2020, há menos de 10% ainda a ser comercializado e a pouca oferta vem sendo duramente entre exportação e indústria processadora local. O Brasil já embarcou 75,7 milhões de toneladas de soja em grãos no acumulado do ano (até a parcial de agosto), contra 56,1 milhões de toneladas do mesmo período do ano passado. As exportações deverão perder fôlego, já que há um saldo pequeno de produto no País.

Segundo dados do USDA, as vendas de soja do país para a China atingem seu ritmo mais acelerado desde 2013. Ainda assim, e com compras de milho que também têm batido recordes diários e semanais, os chineses compraram dos americanos apenas 27% do total estabelecido na Fase 1 do acordo comercial entre China e EUA. Em julho, as importações chinesas de produtos agrícolas registraram um notável avanço em relação ao ano passado, bem como ao se analisar o acumulado em 2020. De soja, as compras somaram 10,090 milhões de toneladas, 17% a mais do que em julho de 2019 e de milho, 910 mil toneladas, 137% a mais do que no mesmo mês do ano passado. As importações de trigo subiram 325%; cevada 35%; carne suína 120% e sorgo, 147%. Assim, em todo 2020, as compras de soja já somam 55,140 milhões de toneladas, 18% a mais do que no mesmo período do ano passado, 31% a mais de milho; 116% a mais de trigo, 139% a mais de carne suína, 938% a mais de sorgo e 4% no açúcar. A demanda é forte e com perspectivas ainda mais elevadas. Fontes: Bloomberg, Reuters e Cogo Inteligência em Agronegócio.