20/Ago/2020

Os futuros de soja fecharam praticamente estáveis nesta quarta-feira (19/08) na Bolsa de Chicago. A retomada das compras chinesas do grão norte-americano, após dois dias de inatividade, animou traders. Esse fator, porém, foi contrabalançado pela expectativa de boa produtividade em parte do Meio Oeste dos Estados Unidos. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 0,25 cent (0,03%) e fechou a US$ 9,14 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 192 mil toneladas de soja para a China.

Até o dia 14 de agosto, foram relatadas vendas de mais de 100 mil toneladas para o país asiático por oito dias úteis seguidos, totalizando 2,075 milhões de toneladas. Estimativas da expedição de safra Pro Farmer Midwest Crop Tour, que está percorrendo lavouras do Meio Oeste dos Estados Unidos nesta semana, impediram a alta dos preços. Em Indiana, a contagem de vagens ficou em 1.281,12 por jarda quadrada (1 jarda quadrada = 0,836 metro quadrado), aumento de 38,8% ante o número do ano passado e de 13% na comparação com a média dos últimos três anos.

A safra de soja está extremamente consistente. Em Nebraska, a contagem foi de 1.297,93 vagens por jarda quadrada, 7,2% superior à de um ano atrás e 6,9% maior do que a média dos três anos anteriores. A alta do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras, também influenciou os negócios. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e vem embarcando grandes volumes nos últimos meses. De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o País deve exportar em agosto 6,582 milhões de toneladas de soja.