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11/Ago/2020

China eleva compras nos EUA com falta no Brasil

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou vendas de soja nesta segunda-feira (10/08) que totalizaram 699 mil toneladas. Todas as vendas que são feitas para o mesmo destino, no mesmo dia, com volumes iguais ou superiores a 100 mil toneladas devem sempre ser informadas ao departamento. No anúncio constam três operações: 111 mil toneladas par destinos não revelados; 324 mil toneladas para a China e 264 mil toneladas também para a China, com entrega prevista para o novo ano comercial. A China precisa da soja norte-americana neste momento para ir complementando seu abastecimento, mesmo depois de compras recordes em junho e julho, com a maior parte dos carregamentos vindos do Brasil. A China ainda necessita importar entre 25 a 26 milhões de toneladas este ano. As compras continuam acontecendo nos Estados Unidos pela pouca disponibilidade da safra velha no Brasil, com projeção de escassez e até falta de produto até o final dessa entressafra.

Nesta segunda-feira (10/08), a China informou que irá sancionar 11 autoridades políticas norte-americanas como medida de retaliação por medidas semelhantes impostas pelos EUA na última sexta-feira (07/08). Na lista não há membros do governo Donald Trump. Em resposta aos comportamentos errados dos EUA, a China decidiu impor sanções aos indivíduos que se comportaram mal em questões relacionadas com Hong Kong, segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian. Os importadores chineses aumentar suas compras de soja dos Estados Unidos no quarto trimestre para atender à demanda do setor pecuário, aproveitando o início da temporada de colheita nos EUA depois de praticamente esgotar o suprimento do Brasil. A China, maior compradora de soja do mundo, deve importar 8 milhões de toneladas da oleaginosa por mês, em média, entre outubro e dezembro, principalmente dos EUA.

As projeções de compras ocorrem em um momento em que a China tem ficado atrasada em relação a suas metas para aquisições de produtos norte-americanos, como parte de um acordo comercial Fase 1 com os EUA em janeiro. A China ampliou importações de produtos agrícolas dos EUA, incluindo soja, nas últimas semanas, tentando cumprir seus compromissos do acordo comercial Fase 1. Mas seria, necessárias compras explosivas, para atendimento das metas. As compras são guiadas por interesses comerciais. O fato é que as margens de esmagamento para soja dos EUA estão elevadas e não há muito da safra antiga do Brasil restando para o quarto trimestre. Além disso, estatais chinesas podem ser compelidas a comprar mais, com a China buscando fazer estoques estatais para se proteger de impactos que uma pandemia de coronavírus pode causar sobre cadeias de suprimento. Fontes: Bloomberg, Reuters e USDA. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.