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07/Ago/2020

Biodiesel: consumo deverá ter forte alta até 2030

Segundo a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), o consumo brasileiro de biodiesel pode atingir 15 bilhões de litros em 2030. A estimativa leva em conta chegar no mandato B20 (20% de mistura do biodiesel no diesel) em 2030. Por isso, o setor espera com expectativa a aprovação do projeto de lei que permite chegar progressivamente no B20 até 2028. A legislação atual permite chegar no máximo no mandato B15 em 2023. Hoje, vigora o B12 no Brasil e o setor espera alcançar B13 em 2021, B14 em 2022 e B15 em 2023. O que exige investimentos das usinas para ampliação da produção até 2023. Também haverá aumento na demanda de soja e milho para processamento.

Para 2020, a estimativa para o consumo brasileiro de biodiesel está entre 6,3 bilhões e 6,4 bilhões, ante estimativa de 7 bilhões de litros, previsto em março. A pandemia de Covid-19 reduziu estimativa de consumo em 700 milhões de litros em 2020, em virtude do menor fluxo na atividade econômica. O País vive a primeira onda de biocombustíveis com o Renovabio como o “grande guarda-chuva do setor”, tanto para etanol à base de cana-de-açúcar e de milho e biodiesel a partir de soja. Agora, é preciso avançar para segunda onda de biocombustíveis, os avançados e mais verdes, que ainda necessitam um marco legal para utilização. Dentre estes, o HVO e SPK devem abrir novo mercado para indústria petroquímica e para o agronegócio no País.

O óleo vegetal hidrogenado (HVO) deve começar a ser utilizado no Brasil em 2028 junto ao mandato B20, enquanto o querosene de aviação alternativo (SPK) tende a ser adotado a partir de 2027 misturado ao combustível fóssil. O SPK vai exigir investimento no interior do Brasil, no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso, mas simboliza a entrada do País em um novo mercado, com a petroquímica verde se aproximando do agronegócio. A indústria já tem um projeto de biocombustíveis verdes no Paraguai, com contratos fechados para os próximos cinco anos. O Brasil precisa se organizar para estrar nesse mercado também. Algumas companhias aéreas já têm conversado com a entidade, querendo comprar SPK diretamente do produtor. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.