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03/Ago/2020

EUA elevou as vendas de soja para China em julho

Os portos dos Estados Unidos devem se manter bastante ativos na parte final deste ano, com compras agressivas de soja pela China atingindo em julho níveis recordes e potencialmente máximas históricas, depois de mínimas de vários anos registradas pelas vendas externas na temporada anterior. As vendas de soja dos Estados Unidos para outros países continuam em linha com o normal, e os exportadores norte-americanos ainda precisam competir com rivais clássicos, como o Brasil. É difícil comparar as exportações com anos muito distantes, de uma ou duas décadas atrás, já que os Estados Unidos perderam uma parcela significativa do mercado global de soja no período. Os últimos anos são uma melhor comparação, pois refletem a dinâmica cada vez mais competitiva do mercado de exportações.

Até o dia 23 de julho, as vendas de soja dos Estados Unidos no mês totalizavam 7,6 milhões de toneladas, o dobro da média de dez anos para o período e em nível muito superior ao visto nos meses de julho em outros anos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) surpreendeu na quinta-feira (30/07) ao comunicar ao mercado 3,34 milhões em vendas líquidas de soja da nova safra. Se somados negócios pela safra anterior, a semana passada foi a mais forte de vendas da oleaginosa pelos Estados Unidos em mais de oito anos. A China respondeu por 59% dessas compras, enquanto 37% foram para compradores não revelados. A China e destinos desconhecidos (muitos dos quais provavelmente referem-se ao próprio país asiático) guiaram as fortes vendas de soja dos Estados Unidos em julho, embora a comercialização para outros países tenha ficado em mínimas de cinco anos.

No Brasil, as exportações de soja atingiram recordes impressionantes nos últimos meses. A China representa mais de 75% das exportações de soja do Brasil, nível superior ao equivalente norte-americano antes da guerra comercial, de 60%. Mas, os embarques brasileiros para outros compradores também bateram recordes. Entre fevereiro e junho, o Brasil exportou 22% mais soja à China do que no recorde anterior para o período. Embarques para outros países foram 47% superiores à máxima anterior. É importante que isso seja monitorado, porque se os negócios dos Estados Unidos com a China se reduzirem ou as tensões entre os países escalarem, a oleaginosa norte-americana terá de procurar por outros destinos. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.