03/Ago/2020

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (31/07), com a expectativa de mais demanda chinesa pelo grão norte-americano. Embora exportadores dos Estados Unidos não tenham relatado novas vendas externas de soja de mais de 100 mil toneladas nos últimos quatro dias, traders acreditam que a China terá de recorrer ao produto norte-americano.

O vencimento novembro da oleaginosa subiu 4,25 cents (0,48%) e fechou a US$ 8,92 por bushel. Em julho, acumulou ganho de 1,16%. As exportações volumosas do Brasil nos últimos meses significam que o País poderá vender muito pouco até a chegada da safra nova. Os embarques brasileiros começam a aumentar em fevereiro, então há um período de seis meses em que os Estados Unidos poderão ver um programa bastante ativo de exportação. Porém, a China já comprou soja para cobrir boa parte de suas necessidades até novembro.

O desempenho do óleo de soja, que subiu 2%, também deu suporte às cotações do grão. O derivado representou 70,2% da matéria-prima usada na fabricação de biodiesel em maio nos Estados Unidos, a maior parcela desde dezembro de 2011. O consumo de óleo de soja atingiu 352.894 toneladas em maio. Esses números estão muito acima das expectativas, considerando que a produção de biodiesel continua reduzida por causa da pandemia de Covid-19.