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20/Jul/2020

Estudo da Science deve ser analisado com atenção

É preciso analisar com mais atenção o estudo da revista Science que apontou que 17% da carne produzida nos biomas Cerrado e Amazônia e exportada para a União Europeia, além de 20% da soja, estão potencialmente contaminadas com o desmatamento ilegal. A pesquisa termina em 2018; é preciso estudá-la mais profundamente para ver se há alguma inconsistência nela, mas, de qualquer maneira, de lá para cá o Brasil voluntariamente deixou de plantar soja na Amazônia acima de determinado paralelo.

Todas as grandes companhias que compram soja têm um cuidado de adquirir o grão apenas de fazendas legais do ponto de vista ambiental e social, e os frigoríficos também. Apesar de o levantamento focar na União Europeia, o principal comprador de commodities agrícolas do País é a China, que tem como grande problema a segurança alimentar e vai continuar comprando alimento aonde tiver. Hoje, os preços das commodities agrícolas no mercado interno seguiram firmes.

O estudo é mais uma das muitas notícias que atacam o setor agropecuário brasileiro, que está incomodando os concorrentes. Apesar disso, o estudo é considerado bom. O próprio Ministério da Agricultura reconhece isso. Mesmo que não houvesse ações voluntárias de empresas no sentido de preservação ambiental, a lei que cuida do tema é bastante rigorosa e, apesar do atual governo, continua a ser seguida, embora haja desmatamento na Amazônia, feito sobretudo pela ação de grileiros para contrabando de madeira.

O desmatamento não é feito por quem tem CPF e CNPJ, não é feito por quem está na produção formal. Quanto ao desmatamento no Cerrado que também foi abordado no estudo, todo o Brasil contribuiu com o desmatamento em favor da produção de alimentos. De todo modo, a divulgação de um estudo como esses na Science certamente abala a credibilidade do Brasil, embora, o mercado continue funcionando normalmente neste momento. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.