29/Jun/2020

Segundo a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), a falta de biodiesel no mercado está levando ao racionamento na entrega de diesel. O corte nas entregas é de cerca de 20%. Em ofício que encaminhado ao Ministério de Minas e Energia (MME) e à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a entidade propôs que a mistura do biocombustível ao diesel volte ao patamar dos 10%, por pelo menos 30 dias, e que seja liberada a importação de biodiesel. Já está tendo contingenciamento nas três grandes, BR/Ipiranga/Shell, e as pequenas também já estão sentindo.

Não há falta de diesel, mas os pedidos estão vindo com um corte de 20%. A escassez de biodiesel também elevou o preço do produto no último leilão da ANP, que foi o dobro do valor do diesel. No 72º leilão de biodiesel realizado pela agência em abril, o biodiesel foi vendido a R$ 2,70 por litro, subindo para R$ 3,80 por litro no 74º leilão, realizado de forma emergencial para reduzir a falta do biocombustível no mercado. Houve um aumento de R$ 0,12 por litro e, mesmo assim, há dificuldade de comprar.

A conta considera o aumento de R$ 1,10 por litro nos 12% da mistura atual. A ANP flexibilizou em abril a retirada de biodiesel pelas distribuidoras de combustível diante da queda de demanda causada pelo isolamento social trazido pelo Covid-19. O consumo de diesel, porém, não acompanhou os demais combustíveis, como a gasolina, por exemplo, que em abril e maio teve vendas 40% menores. É preciso permitir a importação de biodiesel, pois no exterior é mais barato e resolveria o contingenciamento. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.