24/Jun/2020

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta terça-feira (23/06), em meio às incertezas sobre o acordo comercial entre Estados Unidos e China. O assessor para a área de comércio exterior do governo norte-americano afirmou, na segunda-feira (22/06), que o acordo estaria "acabado". Embora o presidente Donald Trump tenha publicado no Twitter que o acordo continua em vigor, traders agiram com cautela.

O vencimento novembro da oleaginosa recuou 5,25 cents (0,60%) e fechou a US$ 8,74 por bushel. A declaração do assessor foi feita num momento de tensão entre os dois países, com Donald Trump trocando farpas com a China por causa de Hong Kong, do coronavírus, de direitos humanos e de tecnologia. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram vendas de 132 mil toneladas de soja para a China, mas isso não foi suficiente para impulsionar os contratos.

A piora da qualidade das lavouras nos Estados Unidos e o enfraquecimento do dólar ante o Real também não mexeram com os preços. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as vendas externas do Brasil, o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O USDA disse que 70% da safra norte-americana apresentava condição boa ou excelente até o dia 21 de junho, uma queda de 2% ante a semana anterior.