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26/Mai/2020

Biodiesel: governo recusa a antecipação para B13

O Ministério de Minas e Energia (MME) não aceitou a proposta do setor de biodiesel para antecipar para 1º de julho a mistura no diesel dos atuais 12% para 13%. A demanda visava a ajudar a indústria do biocombustível durante a crise da pandemia, que reduziu a demanda por diesel e, com isso, diminuiu a venda dos produtores de biodiesel. A decisão foi tomada na primeira reunião ordinária deste ano do Comitê RenovaBio realizada na sexta-feira (22/05). Também ficou decidido na reunião que a definição das metas do programa para o decênio 2021-2030 será levada à consulta pública e depois encaminhadas para deliberação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

O MME argumentou que o edital do próximo leilão (L73) já está publicado e que o cronograma do CNPE prevê o B13 para março do ano que vem, e, portanto, iriam seguir o cronograma. Também foi levantada a questão da alta demanda da soja para exportação, e com preços elevados, o que poderia impactar no preço do biodiesel e, consequentemente do diesel. O pedido para aumento da mistura foi liderado pela União do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), que informou que o aumento reduziria pela metade as perdas do setor durante a pandemia de Covid-19, que teve as vendas reduzidas no último leilão promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A agência flexibilizou o volume de retirada do combustível pelas distribuidoras e frustrou a previsão de vendas do setor para o ano.

A expectativa era de que, se aprovado, o aumento da mistura para 13% seria adotado já na próxima oferta (73º leilão de biodiesel da ANP), prevista para ser realizada no dia 1º de junho, para entrega de biodiesel entre 1º de julho a 31 de agosto. De acordo com a Ubrabio, além de reduzir as perdas dos produtores de biodiesel, o aumento da mistura reduziria a necessidade de importação de diesel e ajudaria o setor de processamento de soja, além de aumentar a oferta de farelo para ração no mercado interno. O setor de biodiesel reivindica também aumento gradativo da mistura para 20%. Hoje, a previsão é de atingir 15% em 2023, com aumento de 1% por ano. O aumento da mistura no diesel teria também o benefício da redução da emissão de gases de efeito estufa no País. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.