19/Mai/2020

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (18/05), refletindo o enfraquecimento do dólar ante o Real. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as vendas externas do Brasil, o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O vencimento julho da oleaginosa subiu 6,50 cents (0,78%) e fechou a US$ 8,45 por bushel. A expectativa de demanda chinesa também deu suporte às cotações.

A Reuters afirmou, citando fontes, que o governo da China pediu a tradings e processadoras de alimentos que elevem os estoques de grãos e oleaginosas, por causa da possibilidade de uma segunda onda de Covid-19 e de problemas logísticos em países produtores, como o Brasil. Somente na semana passada, exportadores dos Estados Unidos relataram vendas de 730 mil toneladas de soja para o país asiático. Os negócios também foram influenciados pelo desempenho do óleo de soja, que subiu quase 3%. O derivado, por sua vez, acompanhou o avanço do óleo de palma, que é seu concorrente em alimentação e na fabricação de biodiesel.

Dados publicados na sexta-feira (15/05) pela Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostraram que fundos de investimento elevaram significativamente suas apostas na alta das cotações de soja na semana encerrada em 12 de maio. A posição líquida comprada desses agentes mais do que triplicou no período, passando de 9.486 para 31.037 lotes. A notícia de que a empresa farmacêutica norte-americana Moderna teve avanços em testes de sua vacina contra o novo coronavírus contribuiu para os ganhos.