15/Mai/2020

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta quinta-feira (14/05). A China parece estar interessada em cumprir as obrigações assumidas na assinatura da primeira fase do acordo comercial com os Estados Unidos. Porém, o fortalecimento do dólar ante o Real acaba impedindo compras chinesas mais volumosas do grão norte-americano. Desde o começo do ano, o dólar acumula valorização de mais de 45% ante o Real, o que tende a estimular as vendas externas brasileiras.

O vencimento julho da soja recuou 2,50 cents (0,30%) e fechou a US$ 8,37 por bushel. A percepção é de que é difícil competir com a fraqueza da moeda brasileira. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) informou que os embarques brasileiros de soja somaram 2,9 milhões de toneladas na semana encerrada no dia 9 de maio. Do volume total, 75% foram para a China.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram vendas avulsas de 198 mil toneladas de soja para a China, com entrega nos anos comerciais 2019/2020 e 2020/2021. Somente nesta semana, foram relatadas vendas de 730 mil toneladas para o país asiático. Exportadores também venderam 655.500 toneladas de soja da safra 2019/2020 na semana encerrada em 7 de maio. Para a safra 2020/2021, foram comercializadas 440 mil toneladas. A China comprou 649 mil toneladas do volume total. A soma das duas safras é de 1,095 milhão de toneladas.