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14/Mai/2020

Futuros de soja recuam com dólar forte ante Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (13/05). O mercado foi influenciado pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras. O Brasil, principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja, embarcou 2,9 milhões de toneladas do grão na semana encerrada em 9 de maio, de acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). A China foi o destino de 75% desse total. No acumulado do mês de maio, as exportações de soja já somam 4 milhões de toneladas.

O vencimento julho da oleaginosa recuou 12,50 cents (1,47%) e fechou a US$ 8,39 por bushel. Na terça-feira (12/05), em seu relatório mensal de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou a previsão de exportação do Brasil em 2019/2020. Por outro lado, reduziu a previsão de exportação dos Estados Unidos. Para 2020/2021, a expectativa é de uma melhora dos embarques dos Estados Unidos, para 55,79 milhões de toneladas. O USDA informou nesta quarta-feira (13/05) que exportadores relataram vendas de 396 mil toneladas de soja para a China.

Do total vendido, 198 mil toneladas devem ser entregues no ano comercial 2019/2020, e a outra metade, em 2020/2021. Segundo traders, as vendas recentes podem ser um sinal de que a China pretende cumprir as obrigações assumidas na assinatura da primeira fase do acordo comercial com os Estados Unidos. O anúncio, porém, não mexeu com os preços. A expectativa de que parte da área de milho nos Estados Unidos migre para a soja também pesou sobre os negócios. A demanda por combustíveis despencou nos últimos meses, com pessoas ficando em casa para ajudar a conter a disseminação do novo coronavírus. Nos Estados Unidos, o etanol é feito principalmente com milho.