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07/Mai/2020

Futuros de soja recuam com dólar forte ante Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (06/05), com o fortalecimento do dólar ante o Real. A alta da moeda norte-americana tende a estimular as vendas externas do Brasil, o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estimou que as exportações brasileiras de soja somaram 14,259 milhões de toneladas em abril, um aumento de 7% ante março.

No acumulado de janeiro a abril, o Brasil exportou 35,663 milhões de toneladas, alta de 29,4% na comparação com igual intervalo de 2019. O vencimento julho da oleaginosa caiu 7,00 cents (0,83%) e fechou a US$ 8,32 por bushel. Segundo o Itaú BBA, o espaço para altas significativas na Bolsa de Chicago é limitado porque não se sabe qual será a intensidade e duração dos impactos da pandemia do novo coronavírus. Em última instância, a Covid-19 pode reduzir a taxa de crescimento esperada para o consumo global de soja.

Outro fator de pressão é a expectativa de uma migração de parte da área de milho para a soja nos Estados Unidos, por causa da menor demanda pelo cereal para a fabricação de etanol. Os preços da soja em grão também foram influenciados pela queda do óleo de soja. O derivado, por sua vez, acompanhou o recuo do óleo de palma, que é seu concorrente em alimentação e na fabricação de biodiesel. Além disso, a Reuters informou que as exportações argentinas de biodiesel foram totalmente paralisadas por causa da retração na demanda da Europa.