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29/Abr/2020

Biodiesel: setor quer antecipar B13 e mais crédito

O setor de biodiesel está conversando com o governo para, excepcionalmente, diante da crise causada pelo Covid-19, antecipar o porcentual da mistura ao diesel para 13% (B13) a partir de 1º de julho deste ano, o que só aconteceria no ano que vem. Além disso, pleiteia financiamento de R$ 9 bilhões para armazenar matéria-prima (soja e outras oleaginosas) durante o período de entressafra, no segundo semestre do ano até os primeiros meses de 2021. O B13 aumentaria em cerca de 40 milhões de litros de biodiesel no mercado, o que ajudaria a reduzir a queda já prevista por conta da flexibilização para retirada por parte das distribuidoras autorizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no leilão realizado este mês.

Acabou de ocorrer o 72º leilão bimestral. A previsão normal seria de venda de 1,140 bilhão de litros e caiu para 1,020 bilhão de litros. E houve, na véspera, algumas alterações de flexibilização para as distribuidoras, que reduziu a retirada para 80%, ou seja, vai resultar na retirada de 816 milhões de litros para as distribuidoras. O leilão teve por objetivo elevar a mistura no diesel para 12% (B12) para o período de 1º de maio a 30 de junho. O pleito do setor é que o próximo leilão bimestral já leve em conta a mistura de 13%. No bimestre, haverá uma perda de venda de biodiesel da ordem de 220 milhões de litros a ser adicionado ao óleo diesel, que, anualizado, resultaria em menos 700 a 800 milhões a menos de produção de biodiesel.

Do B12 para B13, a partir de 1º de julho, seria uma coisa insignificante para o mercado de petróleo, que gira em torno dos 60 bilhões de litros por ano. Seriam 40 milhões de litros a mais por mês de biodiesel no segundo semestre, e reduziria pela metade uma perda que pode chegar a 80 milhões por mês. O deputado federal Jerônimo Goergen (PP/RS) afirmou que conversa com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para, depois da pandemia, criar um programa visando elevar a meta de atingir o percentual de 15% de mistura para 20% a partir de 2024. Ele também apoia o aumento para B13 diante da crise em que se encontra a economia e destaca que a iniciativa resultaria também na redução de importação de diesel. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.