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28/Abr/2020

China deve elevar importação nos próximos meses

Apesar das importações de soja pela China terem recuado 13% em março, as aquisições da oleaginosa pelo país asiático devem aumentar significativamente nos próximos meses. Por um lado, os atrasos nas entregas do Brasil estão sendo resolvidos e, por outro, mais soja também é esperada dos Estados Unidos. Embora a decepção tenha ocorrido quando a primeira fase do acordo foi assinada entre os Estados Unidos e a China, ainda que pedidos significativos não tenham se concretizado, os pedidos aumentaram bastante nos últimos tempos. Em março deste ano, a China importou 1,7 milhão de toneladas dos Estados Unidos, volume 13,3% superior ao adquirido em igual mês do ano passado.

Como indicativos da retomada da demanda chinesa, pode-se citar as vendas de mais de 600 mil toneladas de soja dos Estados Unidos para o país asiático observadas na semana passada. Há relatos de que a China planeja aumentar suas reservas estatais: fala-se em 10 milhões de toneladas de soja, 20 milhões de toneladas de milho e 1 milhão de toneladas de algodão. A maior parte deve ser importada dos Estados Unidos para cumprir as obrigações do país sob a “Fase 1” do acordo bilateral. Se esses números forem comparados com os volumes habituais de importação da China, o destaque para o milho é expressivo, levando em conta que nos últimos anos a aquisição chinesa do cereal foi inferior a 5 milhões de toneladas.

A perspectiva de um aumento das exportações para a China poderia ajudar seriamente o afetado preço do milho nos Estados Unidos a recuperar-se em certa medida. Quanto ao Brasil, as exportações da soja para a China caíram 25% em março na comparação com 2019, para apenas 2,1 milhões de toneladas. A queda é atribuída aos atrasos na colheita da safra 2019/2020 em virtude de chuvas no início dos trabalhos de campo. Esses atrasos estão fazendo com que os embarques de soja sejam feitos mais tarde. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.