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24/Abr/2020

China acelera importação de soja norte-americana

Segundo informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), nesta quinta-feira (23/04), os exportadores dos Estados Unidos assinaram acordos para exportar 272 mil toneladas de soja para a China, marcando o segundo dia consecutivo de venda do produto norte-americano ao principal importador da oleaginosa no mundo. Os negócios vieram depois que os futuros de soja caíram para uma mínima de 11 meses, como parte de uma venda generalizada em commodities devido à pandemia de coronavírus. Na quarta-feira (22/04), o USDA informou que exportadores privados relataram a venda de 198 mil toneladas de soja para a China no ano de comercialização 2019/2020. A China está se preparando para comprar mais de 30 milhões de toneladas de produtos agrícolas para os estoques estatais, visando se proteger de eventuais interrupções na cadeia de suprimentos causadas pela pandemia de coronavírus.

A medida visa ainda cumprir as promessas de adquirir mais produtos agrícolas dos Estados Unidos. O plano é adicionar cerca de 10 milhões de toneladas de soja, 20 milhões de toneladas de milho e 1 milhão de toneladas de algodão às reservas estatais. A principal mensagem do governo chinês é garantir a subsistência das pessoas. Este momento é considerado bom para acumular reservas, especialmente quando os preços das mercadorias estão em níveis baixos. A China também planeja adicionar 1 milhão de toneladas de açúcar e 2 milhões de toneladas de óleo de soja às reservas, mas não está claro de onde viriam tais aquisições. O cenário das compras pode ser favorável para China atualmente, já que o preço dos futuros de soja e milho chineses valem aproximadamente o dobro dos futuros dos Estados Unidos, onde grandes estoques e uma demanda fraca com a pandemia de coronavírus pressionaram os valores das culturas.

Ainda não está definido quando a compra vai ocorrer e dependerá de como o mercado evolui. O fato é que o momento é favorável às compras chinesas: os estoques podem ser liberados para conter aumentos de preços quando necessário; ajuda o governo chinês a cumprir o acordo comercial sino-americano; e os preços são considerados atrativos. Descontando os custos de transporte, o valor total dos suprimentos de milho e soja dos Estados Unidos seria de cerca deu US$ 6,25 bilhões. As importações agrícolas dos Estados Unidos pela China totalizaram 5,05 bilhões de dólares no primeiro trimestre de 2020. A pandemia de coronavírus, que começou na cidade de Wuhan, na China, no final do ano passado, infectou 2,5 milhões de pessoas e matou cerca de 180 mil em todo o mundo. Os bloqueios para conter o surto abalaram a economia mundial e impactaram as cadeias de suprimentos globais, incluindo a agricultura. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.