23/Abr/2020

No mercado físico brasileiro, os preços da soja seguem sustentados pela alta do dólar, demanda aquecida para exportação e prêmios mais fortes nos portos brasileiros. No interior, as cotações subiram entre R$ 1,00 e R$ 2,00 por saca de 60 Kg. Em Paranaguá, a cotação média para embarque imediato é de R$ 102,41 por saca de 60 Kg, acumulando uma alta de 1,2% em sete dias e de 6,3% nos últimos 30 dias. O dólar bateu novos recordes históricos nesta quarta-feira (22/04), aproximando-se de R$ 5,42, em parte por um ajuste ao movimento do câmbio global na véspera, mas, sobretudo, pela escalada das apostas de corte de juros no Brasil, que faz minguar ainda mais as expectativas para o fluxo cambial. O dólar à vista subiu 1,71%, a R$ 5,4094, um recorde nominal para encerramento de sessão.

Durante os negócios, a cotação chegou a atingir R$ 5,4160, também um patamar histórico. Na B3, o dólar futuro teve alta de 1,71%, cotado a R$ 5,4125. Os futuros de soja fecharam em leve alta nesta quarta-feira (22/04) na Bolsa de Chicago. Os ganhos foram sustentados por sinais de demanda chinesa pelo grão norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram vendas de 198 mil toneladas de soja para a China, com entrega prevista para o ano comercial 2019/2020. Essa venda confirma rumores de que importadores chineses estariam buscando soja no mercado internacional, mas traders esperavam que eles comprassem o produto da América do Sul, e não dos Estados Unidos. O vencimento julho da oleaginosa ganhou 1,75 cent (0,21%) e fechou a US$ 8,42 por bushel.