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23/Abr/2020

Argentina reduz projeção para a safra 2019/2020

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) cortou a estimativa de produção de soja da Argentina na safra 2019/2020 de 54,1 milhões de toneladas para 51,5 milhões de toneladas. A nova previsão representa uma queda de 4,8% em relação à estimativa anterior, feita em fevereiro. Essa redução deve-se à falta de chuva significativa no fim de fevereiro e no início de março, especialmente na província de Santa Fé. Fontes da indústria também relatam produtividade abaixo do esperado em áreas colhidas precocemente. Para a safra 2020/2021, a produção argentina deve atingir 51 milhões de toneladas, com uma área plantada de 17,5 milhões de hectares e melhora de produtividade. Se confirmada, a área semeada será 5,6% menor, ou 500 mil hectares a menos, que a semeada na temporada 2019/2020.

Recentes alterações no sistema argentino de tarifas sobre exportação (retenciones) reduziram a lucratividade do cultivo de soja e criaram margens negativas para os agricultores com custos de frete mais altos ou operando em terras marginais. Esses produtores devem preferir, em detrimento da soja, o cultivo de grãos como girassol, trigo, milho, feijão, e amendoim, dependendo da região e preços relativos no momento do plantio. Quanto às exportações, a projeção é de que serão comercializadas 6,5 milhões de toneladas da oleaginosa em grão na safra 2019/2020, queda de 37% ante à temporada anterior. Na safra 2020/2021, o país tende a exportar 9 milhões de toneladas, alta de 38% ante o ciclo atual.

Em farelo, a Argentina deve vender ao mercado internacional 33,25 milhões de toneladas no ano comercial 2020/2021 e 28,4 milhões de toneladas no ciclo 2019/2020. O esmagamento interno do país deve atingir 41,7 milhões de toneladas de soja na safra 2019/2020 e 44 milhões de toneladas de soja na safra 2020/2021. A estimativa para a temporada atual (2019/2020) foi ajustada para baixo, em virtude das mudanças relacionadas à pandemia do novo coronavírus e do aumento das retenciones, os impostos sobre as vendas externas. Para o próximo ciclo, é destaque a possível recuperação da economia global para o incremento do processamento do grão. Grandes estoques iniciais fornecerão amplos suprimentos para esmagadores ao longo do ano. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.