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15/Abr/2020

Soja brasileira mantém competitividade na China

Segundo a Embaixada Brasileira em Pequim, existe uma expectativa de retomada das exportações de soja norte-americana para a China, mas respeitando as condições de mercado e a sazonalidade do fornecimento. O Brasil fornece soja no primeiro semestre. A partir de setembro, os chineses começam a comprar soja norte-americana. O setor exportador no Brasil tem dito que contratos de exportação para abril e maio já estão fechados. A expectativa é de que as exportações brasileiras na presente safra ocorram sem grandes intercorrências. A soja do Brasil continua com preço competitivo e é a preferida dos chineses pelo teor de proteína. Quanto ao efeito do coronavírus, a procura da China por soja tende a se manter.

Alguns países que fornecem a oleaginosa para a China impuseram restrições de exportação, caso da Rússia. Não há expectativa de variação muito grande na demanda chinesa por soja. O Ministério da Agricultura afirma que acompanha a discussão do acordo Estados Unidos-China, após a “Fase 1” do acordo comercial, mas persistem dúvidas sobre a capacidade dos Estados Unidos de ampliar vendas para a China após a queda de 20% na produção de soja na safra 2019/2020. De fato, há intenção dos chineses de cumprir o acordo. Mesmo no auge da pandemia de coronavírus no país, a China adotou ações como isentar de tarifas produtos dos Estados Unidos para facilitar o comércio.

O setor de soja não está surpreso com essa situação, já se imaginava que, com um acordo entre China e Estados Unidos, o mercado voltasse a uma situação pré-conflito comercial para a soja. Mas, há dúvidas sobre a capacidade de cumprimento dos termos de forma mais geral. A Apex-Brasil ressalta que, ao assinar a primeira fase do acordo comercial, o governo chinês destacou que aquisições de soja dos Estados Unidos seriam feitas sob condições de mercado. Quanto aos efeitos do coronavírus, os produtores de ração do país relataram ter estoques de matéria-prima para o primeiro semestre, mas em níveis baixos. Para a segunda metade do ano, eles se preparam para usar alternativas ao farelo de soja caso haja problemas de suprimento global. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.