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15/Abr/2020

MT: comercialização da soja registra alta em março

Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a valorização do dólar ante o Real e o apetite chinês pela soja brasileira, em detrimento da norte-americana, fizeram com que os produtores de Mato Grosso avançassem na comercialização da oleaginosa. Até o mês de março, 81,89% da soja da safra 2019/2020 já havia sido comercializada no Estado, avanço de 6,41% em relação a fevereiro, ao preço médio de R$ 82,01 por saca de 60 Kg. Quanto ao ciclo 2020/2021, o índice de comercialização perfaz 30,23% ou 9,97% em relação ao segundo mês do ano, pelo preço médio de R$ 79,16 por saca de 60 Kg. Apesar de o acordo comercial entre os Estados Unidos e a China já estar em vigor, o país asiático continua preferindo a soja brasileira.

O motivo está atrelado à boa produção que o País está tendo, aliada à desvalorização do Real, que deixa a soja brasileira mais competitiva no mercado internacional, num momento em que a demanda chinesa está mais forte. A relação de troca por insumos está favorável ao produtor de Mato Grosso, e, com isso, muitos produtores aproveitam a oportunidade para garantir seu custo de produção para a próxima safra. Na semana passada, o preço da soja teve uma leve queda, de 0,32%, para a média de R$ 86,08 por saca de 60 Kg, com o recuo do dólar já influenciando nas cotações. As esmagadoras de soja instaladas em Mato Grosso processaram volume recorde em março, de 940,26 mil toneladas, aumento de 5,68% ante fevereiro.

Dentre os motivos de aumento no processamento da oleaginosa, está, principalmente, a margem bruta favorável para as indústrias, em razão dos bons patamares de preço do óleo e do farelo de soja. Na média do primeiro trimestre de 2020, esses produtos registraram alta de 35,35% e 22,11%, respectivamente, ante igual período de 2019. Além disso, outro fator vantajoso para a agroindústria brasileira foi a redução das exportações argentinas, decorrente do fechamento das fronteiras. Com isso, as expectativas de esmagamento são de melhora, diante do cenário positivo das fábricas no Estado e dos preços dos subprodutos da soja em alta. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.