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08/Abr/2020

Exportações de soja seguem aquecidas em abril

O mês de abril segue intenso para as exportações brasileiras de soja e tem potencial para registrar um novo recorde e alcançar 12 milhões de toneladas diante do ritmo aquecido de embarques. Os portos estão trabalhando normalmente. Nos primeiros três dias de abril o Brasil já embarcou mais de 2,5 milhões de toneladas de soja em grão, levando o total acumulado no ano a 20,7 milhões de toneladas, volume bem maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, de 17,1 milhões de toneladas. Em todo o complexo soja, os embarques acumulados, de 24,5 milhões de toneladas, outro recorde - também superam o mesmo período de 2019, quando o total embarcado era de 21,0 milhões de toneladas. A soja brasileira continua sendo a mais competitiva para os importadores diante, principalmente, da desvalorização do Real frente ao dólar. O preço do produto nacional, na referência maio no porto de Paranaguá, é de US$ 339,50 por tonelada, contra US$ 344,00 no Golfo dos EUA. Para junho, essa diferença é reduzida, com a soja do Brasil valendo US$ 343,30 e a americana, US$ 344,40.

Os prêmios contribuem, uma vez que, para maio, em Paranaguá a cotação é de +US$ 0,70 por bushel acima de Chicago e para junho, + US$ 0,75 por bushel. No golfo americano, são de + US$ 0,82 e +US$ 0,78, respectivamente. No Brasil, os negócios na soja seguem aquecidos, com um ritmo de embarques acelerado. A moeda desvalorizada mantém um alto poder de barganha para os exportadores, que conseguem reduzir as ofertas em dólares por toneladas e, ao mesmo, tempo ofertar preços mais atrativos em Reais. O mercado com altas mais limitadas em Chicago neste momento também reflete o bom ritmo dos embarques no Brasil, que vem se mantendo e se acentuou, principalmente em março. No mês passado, as exportações brasileiras registraram um novo recorde para o período e o fluxo vem sendo mantido, com os lineups ainda bem cheios para os próximos meses. A China está comprando toda a soja que pode na América do Sul, formando estoques, e em breve voltará a comprar com mais força no mercado americano.

Aos poucos, a China começa, de fato, a se voltar para a soja norte-americana pela menor disponibilidade do produto brasileiro, pela maior competitividade que a oleaginosa dos EUA deverá ter, em termos de preços, e também para que os chineses cumpram os volumes de compras de produtos agrícolas estabelecidos na fase um do acordo comercial entre os dois países, firmado em 15 de janeiro. De farelo de soja, os números são mais fracos, diante da demanda interna bastante aquecida. No acumulado de 2020, o total dos embarques chega a 3,514 milhões de toneladas, contra 3,972 milhões de toneladas do mesmo período de 2019. Neste ano, a demanda interna de farelo está firme, para atender frangos, suínos e bovinos. As exportações brasileiras de óleo de soja estão mais fortes neste ano do que no ano passado, com a fraqueza na demanda do biodiesel neste momento favorecendo a exportação. Foram embarcadas 227 mil toneladas, contra 161 mil toneladas no mesmo período de 2019. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.