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08/Abr/2020

Brasil deverá manter exportações de soja à China

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) não teme que postagens do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e a campanha no Twitter pela suspensão do comércio entre Brasil e China gerem efeitos negativos para as exportações de soja ao país asiático. O mercado é crescente. Neste momento de tensão mundial com o coronavírus, o Brasil está fazendo uma grande produção, a maior safra de soja e a de melhor qualidade, que tem comprador assegurado. Não há hoje outro país capaz de suprir as necessidades de soja do mundo nos mesmos volumes que o Brasil. Além disso, o Brasil tem a melhor qualidade de soja, tanto em proteína como em óleo. Assim, não há possibilidade de mudança. Em sua conta no Twitter, Weintraub defendeu a tese de que a propagação do coronavírus atende a interesses comerciais locais. Insinuou que a China vai sair fortalecida da crise atual causada pelo novo coronavírus, apoiada por seus aliados no Brasil, associando a origem da Covid-19 ao país asiático.

Também no Twitter, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro começaram uma campanha pela suspensão do comércio do País com a segunda maior economia do mundo. No início da tarde de segunda-feira (06/04), a hashtag #BloqueioComercialChinesJa chegou ao primeiro lugar na lista dos assuntos mais comentados no Twitter brasileiro. Para a entidade, a reação do setor produtivo a ser mostrada aos chineses, os maiores compradores da soja brasileira, é seguir fornecendo produto. A resposta é agradecer à China pelas compras dos produtos brasileiros. Se não fosse a China, o Brasil estaria em uma situação difícil. A Aprosoja Brasil também refutou informações que circularam na mídia de que a China estaria comprando mais dos Estados Unidos. As vendas estão dentro da normalidade. Os Estados Unidos não têm soja suficiente para fornecer para os chineses, pois houve quebra de safra de soja por adversidades climáticas na temporada 2019/2020 de mais de 20 milhões de toneladas e se preparam para plantar a safra 2020/2021 nos próximos meses.

O Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China afirmou que as importações de soja do Brasil em março não foram afetadas pela disseminação do coronavírus e projetou que as importações de soja dos Estados Unidos aumentarão com a primeira fase do acordo comercial sino-americano. Existe a preocupação na China de que a propagação de Covid-19 no Brasil e na Argentina afete o fornecimento de soja desses dois países para a China. As importações chinesas de soja do Brasil aumentaram em março, e o volume de soja adquirido pela China do exterior não foi afetado pela pandemia. O Brasil está tomando medidas, desde os agricultores até o governo, para manter as exportações. O período de plantio de soja nos Estados Unidos começa em abril e a área plantada com a oleaginosa no país deve crescer. Com a primeira fase do acordo econômico e comercial entre China e Estados Unidos implementada, as importações de soja dos Estados Unidos pela China podem aumentar este ano. A Embaixada da China no Brasil se manifestou contra a publicação do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.