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06/Abr/2020

Efeito da pandemia sobre consumo não está claro

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), ainda é cedo para mudar as previsões de exportação e esmagamento de soja no Brasil devido à pandemia de coronavírus. A previsão de exportação para 2019/2020 é de 73,5 milhões de toneladas de soja em grão, 16,2 milhões de toneladas de farelo de soja e 500 mil toneladas de óleo. O efeito do coronavírus ainda é muito recente no Brasil e ainda não foi possível capturar com dados estáveis, em uma série mais longa, o que está acontecendo em alguns setores. Dentro de algum tempo, haverá possiblidade de entender o que vai acontecer com o mercado de combustíveis, em que o biodiesel é parte importante, e o efeito da crise no consumo de óleos e gorduras. Também dará para perceber como vai ficar a demanda da indústria de proteína animal pelo farelo no mercado interno.

Quanto ao mercado externo, possíveis impactos de Covid-19 ainda não apareceram nos dados de line-up de exportações do complexo, principalmente em soja e farelo. Neste momento, o setor aguarda indicadores mais concretos para que se consiga fazer uma reavaliação do ano de 2020. Esse acompanhamento deve ser feito ao longo dos próximos meses. É preciso um tempo para sair de cenários e passar a enxergar as coisas com maior clareza. A indústria da soja, assim como outros setores, vai acompanhar como a economia reagirá à pandemia e quanto tempo levará para se recuperar. Na China, os indicadores estão mostrando que o país deve até aumentar a importação de soja em grão este ano.

A redução dos preços internacionais da soja na Bolsa de Chicago tem favorecido a China no movimento de recomposição de estoques após o período mais crítico da pandemia. Para o mercado de farelo, a diversificação de destinos traz maior segurança sobre a procura pelo produto brasileiro. A Europa e o Sudeste Asiático são os principais consumidores externos do farelo produzido no País. Como é um mercado de ração para a produção de proteína, vai depender da avaliação de consumo nesses países. Em geral, o consumo de alimentos é uma demanda inelástica, tende a variar menos de acordo com as condições de preços e venda. Mas, é preciso aguardar para ver como esses mercados vão reagir diante da crise. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.