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27/Mar/2020

China já está ampliando as importações de grãos

A China voltou ao mercado e está importando grandes volumes de soja, milho e trigo na esteira da redução das restrições que havia aplicado por causa do coronavírus. As atividades portuárias foram retomadas na China. Havia um número enorme de navios carregados, em pleno mar, esperando para desembarcar commodities, o que enfim está acontecendo. Porém, o aumento das importações também é motivado pelo temor do governo chinês de que portos em Brasil e Argentina sejam fechados com o avanço do vírus.

Os chineses voltaram a comprar mais soja dos EUA, em parte por causa do acordo com o presidente Donald Trump pelo qual a China se comprometeu a comprar adicionalmente US$ 12,5 bilhões de produtos agrícolas americanos no primeiro ano e US$ 19,5 bilhões a mais no segundo ano, em comparação com os níveis de 2017. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a China vai importar 88 milhões de toneladas de soja em grão nesta safra 2019/2020 – que vai de setembro de 2019 ao próximo mês de agosto -, 5,5 milhões de toneladas a mais que em 2018/2019.

Parte desse aumento se deve à tendência de avanço da demanda por rações na China em virtude da recomposição do plantel de suínos do país, que sofreu duras baixas por causa da Peste Suína Africana. Já os EUA deverão exportar 50 milhões de toneladas de soja, ao passo que os embarques do Brasil estão projetados em 77 milhões de toneladas. Os chineses também estão comprando milho dos EUA, enquanto as compras de trigo continuam concentradas na França.

A China foi o primeiro país afetado pelo surto de Covid-19 e o primeiro a sair. No primeiro bimestre, as importações chinesas de soja somaram 13,5 milhões de toneladas, 14,2% acima do volume importado no mesmo período de 2019. As importações de milho atingiram 930 mil toneladas, alta de 64,7%. No caso do trigo, houve retração de 8,9% na comparação, para 680 mil toneladas. A China importou 410 mil toneladas de algodão, queda de 19% no mesmo comparativo. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.