25/Mar/2020

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta terça-feira (24/03) na Bolsa de Chicago. Os ganhos foram sustentados pela depreciação do dólar ante o real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, e por preocupações com a logística de transporte de grãos na América do Sul. O vencimento maio da oleaginosa ganhou 2,75 cents (0,31%) e fechou a US$ 8,86 por bushel. Na Argentina, terminais portuários em Timbúes, na província de Santa Fé, tinham paralisado atividades, mas caminhões voltaram a entrar nos portos da localidade após decreto do governo federal.

Embora alguns municípios tenham limitado a movimentação de caminhões de grãos, associações do país informaram que as exportações prosseguem, com ações de prevenção contra o coronavírus. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a exportação da oleaginosa transcorre sem percalços nos portos brasileiros apesar da pandemia. No entanto, traders temem que o transporte e as exportações de grãos fiquem comprometidos caso a situação se agrave.

As restrições impostas à movimentação de pessoas por causa do coronavírus podem finalizar a recente disparada da demanda, provocada pelo acúmulo de mantimentos mais importantes. A expectativa de um pico nas infecções por Covid-19 pode diminuir o acúmulo por consumidores de alimentos como farinha de trigo e, possivelmente, carne congelada. O Departamento de Alfândegas da China informou que o país importou 13,51 milhões de toneladas de soja no acumulado dos dois primeiros meses de 2020, avanço de 14,2% ante igual período do ano passado.