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24/Mar/2020

Futuros em alta com restrições na América do Sul

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira, refletindo preocupações com a logística na América do Sul em meio a medidas para conter a disseminação do coronavírus. Na Argentina, principal exportador mundial de farelo de soja, os municípios argentinos de Cruz Alta e Los Surgentes, no sudeste de Córdoba, vão limitar a movimentação de caminhões de grãos em virtude do coronavírus. Terminais portuários na localidade de Timbúes, na província de Santa Fé, já paralisaram atividades. No Brasil, o Porto de Santos (SP) ainda opera normalmente, informaram em nota a Santos Port Authority (SPA) e o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp).

O vencimento maio da soja subiu 21,50 cents (2,49%) e fechou a US$ 8,84 por bushel. O farelo avançou 2,58%. A expectativa de demanda chinesa também deu suporte às cotações da oleaginosa. Na sexta-feira (20/03), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram vendas de 110 mil toneladas de soja para destinos não revelados. Traders acreditam, porém, que as vendas tenham sido para a China. Além disso, os ganhos foram sustentados por um movimento de cobertura de posições vendidas.

Relatório publicado na sexta-feira (23/03) pela Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que fundos de investimento elevaram em 20,3% suas apostas na queda das cotações na semana encerrada em 17 de março. Os números desencadearam uma recompra de contratos nesta segunda-feira (23/03). A alta da soja foi acentuada por ordens automáticas de compra, disparadas quando os preços romperam a resistência de US$ 8,73 por bushel. O USDA informou que 570.642 toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos dos Estados Unidos na semana passada, alta de 15,4% ante a semana anterior.