23/Mar/2020

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (20/03), com a expectativa de demanda chinesa pelo grão norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram vendas de 110 mil toneladas de soja para destinos não revelados. Traders acreditam, porém, que essas vendas tenham sido para a China. O vencimento maio da oleaginosa subiu 19,25 cents (2,28%) e fechou a US$ 8,62 por bushel.

Os mercados finalmente estão vendo algum interesse chinês, e há preocupações crescentes com a logística (o que talvez possa explicar o interesse chinês também). No entanto, a alta parece ser uma correção e apenas condições climáticas desfavoráveis ao plantio nos Estados Unidos ou uma piora da situação nos portos da América do Sul vão animar mais o mercado. Terminais portuários na província de Santa Fé, na Argentina, devem paralisar atividades até o início de abril para conter o avanço do coronavírus.

Há temores de que isso resulte em menor oferta de farelo de soja, já que a Argentina é o maior exportador mundial do derivado. No Brasil, os maiores portos de exportação de soja e milho ampliaram ações de combate à doença, mas garantem que isso não afetará o carregamento de grãos neste período de safra. A depreciação do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas brasileiras, também deu suporte às cotações de soja.