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19/Mar/2020

Dólar recorde supera as baixas dos futuros da soja

Embora o mercado internacional de soja siga pressionado e sem qualquer perspectiva de uma recuperação consistente, ao menos no curto e médio prazo, no Brasil ainda há muita força dos preços e as oportunidades continuam aparecendo diariamente para os sojicultores. O que sustenta essa alta extraordinária da soja no Brasil é o prêmio estável nos portos e um câmbio acima de qualquer expectativa, que está ligado a fatores externos e internos, segundo Carlos Cogo, diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio.

Não há mais motivo para o produtor brasileiro esperar para vender a soja dele, segundo Cogo. Ainda segundo Cogo, 60% da safra já está comercializada e os outros 40% encontram, neste momento, valores atrativos que podem continuar levando os produtores ao mercado, com o dólar acima de R$ 5,00. Nos Estados Unidos, o dólar valorizado tira toda a competitividade da soja norte-americana e o Brasil está se beneficiando disso. Segundo Cogo, hoje os Estados Unidos são um país caro para todas as commodities, apesar de todas medidas do presidente Donald Trump.

Para Cogo, as baixas perspectivas de recuperação das cotações na Bolsa de Chicago vêm de uma combinação dos desdobramentos do coronavírus - e de todos os impactos que exerce sobre a economia mundial - com a China ainda ausente de novas compras da oleaginosa dos Estados Unidos. Os cenários poderiam mudar a partir do segundo semestre com uma mudança no movimento do dólar ou diante do desenvolvimento da safra 2020/2021 nos Estados Unidos. Carlos Cogo alerta para a possibilidade de um ano invertido para os negócios com a soja, onde o segundo semestre pode ter preços inferiores aos registrados nesses primeiros meses de 2020. Fonte: Notícias Agrícolas.