18/Mar/2020

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), prevê que a produção de soja da safra 2019/2020 do Brasil deve chegar a 120,6 milhões de toneladas. Apesar das fortes perdas provocadas pela estiagem no Rio Grande do Sul, o País deve se consolidar como maior produtor mundial da oleaginosa, superando os Estados Unidos. Ainda assim, a previsão de safra vem diminuindo nos últimos meses. Chegou a ser de 124,5 milhões de toneladas em dezembro e no mês passado estava em 123 milhões de toneladas. O maior Estado produtor, Mato Grosso, deve colher 34,013 milhões de toneladas. O Paraná, que nesta safra volta a ser o segundo maior Estado em cultivo de soja, deve produzir 20,508 milhões de toneladas, e o Rio Grande do Sul, que passa novamente ao posto de terceiro maior produtor, 12,769 milhões de toneladas. A safra 2019/2020 pode ser considerada boa na maior parte das regiões produtoras.

A Região Centro-Oeste, que representa mais de 50% da produção brasileira e onde o plantio foi um pouco mais tardio por causa das chuvas, praticamente não apresenta problemas de produtividade. As lavouras no MATOPIBA (Maranhã, Tocantins, Piauí e Bahia), nos Estados do Norte e no restante do Brasil estão indo bem. Apesar das dificuldades pontuais, o Brasil será o maior produtor de soja do planeta. O quadro geral é diferente do que ocorre em algumas regiões do Rio Grande do Sul, onde há perdas de cerca de quase 50%. A entidade buscará apoio do governo federal para equalizar situações de endividamento dos produtores. Muitos produtores não têm um seguro agrícola adequado e vão atravessar uma situação difícil. O objetivo é que os ministérios da Economia e da Agricultura viabilizem uma solução para o endividamento desses produtores. Há a possibilidade de uma resolução do Banco Central e até linhas de crédito específicas.

Quanto às exportações, a projeção é de que devem passar de 74,6 milhões de toneladas para 77 milhões de toneladas em 2019/2020. As vendas de farelo de soja aumentarão de 16,6 milhões para 16,9 milhões de toneladas, enquanto as de óleo terão recuo de 1,03 milhão para 900 mil toneladas. O faturamento do País com produtos de soja comercializados para o exterior deve passar de US$ 32,6 bilhões para 33,3 bilhões. A primeira fase do acordo Estados Unidos e China não garante compras de soja chinesas nos Estados Unidos. A China comprará de acordo com preço/disponibilidade. A China deve importar 85 milhões de toneladas de soja em 2020. A situação do coronavírus se estabilizou no país asiático, que deve retomar atividades. O dólar forte ante o Real favorece os negócios para a soja brasileira. A comercialização atinge 60% da safra 2019/2020 e 10% da safra 2020/2021. A China segue comprando soja do Brasil, por ser a mais competitiva. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.