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13/Mar/2020

Futuros de soja são pressionados por coronavírus

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (12/03). O mercado foi pressionado por um aumento do sentimento global de aversão a risco por causa do coronavírus, após o governo norte-americano suspender todos os voos da Europa para os Estados Unidos por 30 dias, com exceção de Reino Unido e Irlanda.

O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras, também pesou sobre as cotações. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve colher uma safra recorde em 2019/2020. O vencimento maio da oleaginosa recuou 13,75 cents (1,57%) e fechou a US$ 8,59 por bushel.

Os negócios também foram influenciados pelo desempenho do óleo de soja, que perdeu mais de 4%. O derivado, por sua vez, acompanhou o enfraquecimento do petróleo, que faz com que refinarias nos Estados Unidos tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.

Dados de vendas externas dos Estados Unidos vieram abaixo da expectativa do mercado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 302.800 toneladas de soja da safra 2019/2020, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 5 de março. O volume, o menor do ano comercial, representa queda de 12% ante a semana anterior e de 34% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2020/2021, foram vendidas 1.400 toneladas.