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12/Mar/2020

Futuros de soja caem com declaração de pandemia

Os futuros de soja fecharam em queda na Bolsa de Chicago, cedendo os ganhos do começo do pregão, pressionados pela declaração de pandemia do coronavírus pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O vencimento maio caiu 3 cents (0,34%) e fechou a US$ 8,73 por bushel. A soja passou boa parte da sessão sustentada pela demanda pelo produto norte-americano. Com isso, a commodity contrariava o pessimismo de investidores em outros mercados, influenciado pela demora do governo norte-americano em detalhar o pacote de estímulos fiscais para conter os impactos econômicos do coronavírus e pelo recuo do petróleo.

Entretanto, após a declaração de pandemia, o mau humor nos mercados financeiros se intensificou, e a soja passou a operar em terreno negativo. O termo é utilizado quando o estágio de transmissão de uma doença é global. Segundo a OMS, 118 mil pessoas foram diagnosticadas com o vírus em 114 países, e 4.291 morreram. Traders temem que a disseminação do vírus afete a demanda global por grãos, além de possíveis efeitos sobre a economia mundial.

Pelo terceiro dia consecutivo, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) notificou vendas avulsas de soja do país. Foram três vendas diferentes desde segunda-feira (09/03), para destinos não revelados, totalizando 440,5 mil toneladas. A venda mais recente, de 194 mil toneladas, foi anunciada nesta quarta-feira (11/03), e também é para destinos não revelados. Do total, 126 mil toneladas são para entrega no ano comercial 2019/2020 e 68 mil toneladas, para 2020/2021.

Na terça-feira (10/03), o USDA manteve a sua previsão para estoques da oleaginosa nos Estados Unidos ao fim da temporada 2019/2020 em 11,56 milhões de toneladas. Mas, a projeção para reservas globais de soja foi elevada de 98,86 milhões para 102,44 milhões de toneladas, com o aumento na produção do Brasil e da Argentina. A previsão de importação da China foi mantida em 88 milhões de toneladas. Com o ritmo ainda fraco das exportações norte-americanas, uma safra razoável nos Estados Unidos, apesar das perdas climáticas, e uma produção recorde sul-americana, não há escassez de soja no mundo.