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09/Mar/2020

China isenta taxa de importação da soja dos EUA

A China concedeu isenções tarifárias para alguns processadores importarem soja dos Estados Unidos, em consonância com o plano anunciado em fevereiro, com o objetivo de cumprir os compromissos do acordo comercial da Fase 1 com os Estados Unidos. A isenção, que entrará em vigor a partir do dia da emissão, será válida por um ano. Muitas empresas solicitaram a isenção e obtiveram a aprovação. Como parte do acordo da Fase 1 assinado em janeiro, a China prometeu comprar pelo menos US$ 12,5 bilhões adicionais em produtos agrícolas dos Estados Unidos em 2020 e pelo menos US$ 19,5 bilhões em 2021, acima do nível de US$ 24 bilhões de 2017. O governo pediu aos interessados planos de compra mensais. No final de fevereiro, a China anunciou que concederia isenções de taxas retaliatórias a 696 produtos dos Estados Unidos, incluindo soja e grãos.

Os importadores de soja ficarão isentos das tarifas extras impostas às cargas dos Estados Unidos durante a guerra comercial, que atualmente é de 27,5%, após um pequeno corte (de 30% anteriores) em 14 de fevereiro. A China também concedeu isenções tarifárias para alguns importadores comprarem sorgo, trigo e DDG dos Estados Unidos, entre os produtos de sua lista. Os importadores chineses compraram um grande volume de sorgo nos Estados Unidos nas últimas semanas. Embora os preços do sorgo e do trigo dos Estados Unidos sejam atrativos sem tarifas adicionais, a soja, a principal exportação agrícola dos Estados Unidos para a China, enfrenta forte concorrência das cargas brasileiras.

Na realidade, o grão dos Estados Unidos só começará a ser comercializado em agosto/setembro, já que o Brasil tem uma safra abundante. Para o embarque de abril, a soja brasileira para a China custa US$ 382 a tonelada, incluindo custo e frete, comparado aos preços dos Estados Unidos cotados a US$ 395 por tonelada. As processadoras chinesas, atraídas por bons lucros, fizeram grandes compras de grãos brasileiros nas últimas semanas. Não faz sentido esmagar o grão americano agora, mesmo sem tarifas extras. A soja brasileira é muito mais barata. A isenção tarifária serve principalmente como uma indicação para os importadores de que não há problema em reservar soja nos Estados Unidos nos próximos meses, provavelmente depois de setembro. Mas, no final, a decisão ainda dependerá dos preços de cada origem. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.