19/Fev/2020

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta terça-feira (18/02). A notícia de que a China vai conceder isenção temporária de tarifas a cerca de 700 produtos dos Estados Unidos não foi suficiente para impulsionar as cotações. As empresas importadoras poderão solicitar as isenções a partir de março, e elas terão validade de um ano. Soja, carnes suína e bovina estão entre os produtos que podem se qualificar para isenções tarifárias. O vencimento maio da oleaginosa recuou 1,00 cent (0,11%) e fechou a 9,02 por bushel.

Ao dar esse passo, a China demonstra que está disposta a cumprir suas metas de importar produtos agrícolas dos Estados Unidos com os quais se comprometeu na “Fase 1” do acordo. Mas, os Estados Unidos já admitiram que pode haver atraso nas importações em virtude dos impactos do coronavírus na economia. Traders aguardam para ver se essa isenção vai se traduzir em breve em mais vendas para a China. Se isso não ocorrer, os preços podem cair.

Nesta semana, sinais de compras chinesas de qualquer produto norte-americano serão acompanhados com atenção. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras da commodity, pesou sobre o mercado. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve colher uma safra recorde em 2019/2020. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 992.294 toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana passada, alta de 54,9% ante a semana anterior.