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17/Fev/2020

Exportação poderá recuar com acordo EUA-China

A Associação Brasileira de Óleos Vegetais (Abiove) atribuiu a redução na projeção de exportação do Brasil em 2020, de 75,0 milhões para 73,5 milhões de toneladas, à primeira fase do acordo comercial entre Estados Unidos e China, que deve fazer com que o país asiático cubra parte de suas necessidades com a oleaginosa norte-americana, em um cenário similar ao que existia antes da guerra comercial. O cenário traçado é de safra recorde e de uma normalização do cenário internacional, com a China baixando as tarifas para a soja norte-americana. Então, a China deve retomar as compras compra dos Estados Unidos, além do produto do Brasil e da Argentina. A China deve seguir o seu padrão histórico de diversificação de fornecimento.

Mesmo os Estados Unidos dispondo de um estoque de passagem ainda considerável, e uma safra importante (de 96,84 milhões de toneladas), eles têm diversos outros clientes. Enquanto isso, a produção brasileira continua competitiva por causa do dólar forte, da conclusão da BR-163 e das melhorias em ferrovias. O Brasil se mantém como um grande fornecedor de soja para a China, mas volta a ter uma competição mais acirrada dos Estados Unidos. Apesar da redução na venda externa de soja em grão, foi elevada a perspectiva de exportação de farelo. O cenário é mais favorável para agregação de valor no Brasil, com exportação de produtos de valor agregado para o Sudeste Asiático e a Europa. A soja brasileira passa a ser precificada de forma similar ao cenário pré-conflito comercial no que tange a prêmios e futuros na Bolsa de Chicago, que devem refletir condições normais de comercialização mundial.

Para o óleo, também foi elevada a perspectiva de exportação com a maior produção do derivado. Boa parte da oferta deve ser consumida internamente devido ao aumento da mistura de biodiesel no diesel 11% para 12% (de B11 para B12). Mas, no que tange ao mercado internacional, que tem uma demanda crescendo mais do que a oferta, há uma oportunidade para exportação de óleo. Também foi aumentada a perspectiva de colheita em consequência da expectativa positiva com o rendimento da soja. A produtividade tem se mostrado boa, e isso levou a uma revisão do número de safra. A Abiove passou a projetar 123,7 milhões de toneladas, ante 122,8 milhões de toneladas projetadas anteriormente. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.